sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Um ano após atentado, Charlie Hebdo aponta Deus como responsável pelo terrorismo muçulmano

No dia 07 de janeiro de 2015, a sede do jornal semanal Charlie Hebdo era invadida em Paris por extremistas muçulmanos, que executaram 12 funcionários e deixaram outros feridos.

Agora, o diretor do jornal, divulgou antecipadamente a capa da edição próxima quarta-feira, 06 de janeiro, mostrando uma charge em que Deus aparece barbudo, portando um fuzil Kalashinikov e com as roupas ensanguentadas.

A manchete da edição “especial” em memória do atentado é “1 ano depois, o assassino ainda corre”. No interior, um editorial assinado pelo cartunista Riss – sobrevivente do ataque e atual diretor do Charlie Hebdo – faz uma forte defesa do ateísmo e do conceito extremista de laicidade.

O editorial faz críticas aos “fanáticos alienados pelo Alcorão” e “devotos de outras religiões” que supostamente queriam o fim do jornal por “ousar rir do religioso”.

“As convicções dos ateus e dos laicos podem mover mais montanhas do que a fé dos crentes”, garante Riss em seu artigo.

De acordo com informações do G1, a edição em memória das vítimas de 07 de janeiro de 2015 terá uma tiragem de quase um milhão de exemplares, e uma quantidade considerável será enviada a diversos países.

Além do ataque generalista às pessoas religiosas, a edição do Charlie Hebdo trará ainda um caderno de charges das vítimas, além de mensagens de apoio de várias personalidades, como a ministra francesa da Cultura, Fleur Pellerin; atrizes, como Isabelle Adjani, Charlotte Gainsbourg e Juliette Binoche; intelectuais como Élisabeth Badinter, a bengalesa Taslima Nasreen e o americano Russell Banks; e o músico Ibrahim Maalouf.

Atualmente, a tiragem normal do Charlie Hebdo é de 100 mil exemplares nas bancas, sendo que 10 mil são enviados ao exterior semanalmente. Além das versões de banca, outr0s 183 mil exemplares são enviados a assinantes de toda a França.

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