quinta-feira, 9 de outubro de 2014

A Arte de Ressuscitar Mortos


"E sucedeu que, ouvindo-o todos os nossos inimigos, todos os povos que havia em redor de nós temeram, e abateram-se muito a seus próprios olhos; porque reconheceram que o nosso Deus fizera esta obra."



- Deus é o habilidoso criador  que do nada chama a existência [vida]  - Rm 4.17.
- É soberano, visto que tem misericórdia de quem quer - Rm 9.18.

Nada podemos fazer sem o seu consentimento. O perdão, a busca de uma vida santa, o conhecimento da sua natureza e palavra, o discernimento do bem e do mal, tudo está em suas mãos. É Ele quem capacita a sua igreja para os desafios da modernidade [Rm 12.6-8; 1Co 7. 1-7; 12. 8-10; 28. 30; Ef 4.11; 1Pe 4. 9-11], que nos dar vitória em meio as lutas e que busca e se revela aos seus. Esse é o Deus a qual sirvo.

Neemias tinha plena consciência dessa verdade e por isso anunciou aos quatros cantos do mundo a razão da restauração de Jerusalém. 

Situação de Jerusalém antes da ação divina e instrumentalidade de Neemias:

- Jerusalém estava morta - Ne 1.3.
- As suas ruínas eram vigiadas de perto por seus inimigos no intuito de eternizar a sua calamidade - 2.10,19.
- Sua causa morte fora a desobediência - Anunciada nas profecias de Isaías, Jeremias e no livro das Lamentações de Jeremias.

A semelhança da cidade morta, assim são todos aqueles que separando-se de Deus faz seu próprio caminho. Não há salvação fora de Cristo [Atos 4.12], não existe esperança longe do Senhor. Fomos criados para sua glória [Isaías 43.7] e só estamos bem quando cumprindo este papel.

O agir de Deus: 

Porém, os inimigos do povo de Israel não tinham conhecimento que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó não é Deus de mortos, mas de vivos [Lucas 20.38]. Para Ele todos estamos vivos diante dos seus olhos.

Para o Eterno a hora de preparar o cenário onde se desenrolaria a paixão de Cristo já havia chegado. Jerusalém tinha que passar da morte para a vida. Se no passado Deus havia escolhido Moisés para livrar seu povo do cativeiro egípcio, agora era a vez de Neemias.

Aqui constatamos uma prática divina:

1. haverá sempre um servo de Deus para pastorear o seu povo em meio a diversidade. Deus não desampara os seus amados [João 6.37]
2. A morte espiritual é uma realidade na vida daqueles que não anda em novidade de vida diante do seu Deus.

- Neemias é levantado diante do rei Artaxerxes [Ne 2.1-8]. Sua petição é ABSURDA e mais ABSURDO foi a reação do rei em concedê-la. 

- Neemias era um copeiro-mor, não um diplomata.
- A decisão real implicava em gastos e mudanças na política imperial para a região em questão. Além disso, o rei tinha que levar em conta os interesses dos grupos locais. Esses grupos uma vez frustados poderiam causar um tremendo mal estar aos persas [SambalateTobias e Gesém - líderes locais que não aceitavam a restauração dos muros de Jerusalém].

O próprio Neemias correu risco de vida em todo esse processo, desde a abordagem ao rei [o rei notara sua mudança de semblante. No mínimo era uma afronta ao imperador que o tratava muito bem] até o encontro com seus inimigos em Jerusalém. Vejam algumas provas que Neemias enfrentou quando da construção dos muros.

a. Foi convidado para um encontro com os seus opositores no vale de Ono - 40 km a nordeste de Jerusalém - Esse encontro era uma armadilha para tirar a vida do homem de Deus - Ne 6. 2-3.
b. Foi acusado injustamente de querer ser rei em Jerusalém. Essa acusação de líder de uma rebelião era uma armadilha para afastar Neemias dos trabalhos e ir ao encontro dos seus opositores onde seria morto - Ne 6. 5-8.
c. Foi tentado a cometer um pecado contra Deus - Convidado por Semaías a entrar no templo de Jerusalém Neemias [caso aceitasse essa proposta] se recusa a profanar o lugar santo e atrair sobre si a ira de Deus e dos judeus de Jerusalém.  - Ne 6.10-14.

Ao observar o estado de Jerusalém e propor aos anciões a reconstrução, logo é aceito e todos se dispõe a trabalhar sob sua autoridade.

- Havia disposição para a obra - capítulo - 3.
- Todos estavam em completo estado de alerta contra os inimigos da obra - capítulo - 4
- As dificuldades foram enfrentadas e superadas - capítulo - 5.

Jerusalém é novamente reerguida, seu povo está de volta [Ne 7. 5-69], a palavra de Deus é restabelecida [capítulo 8 e 9], uma Nova Aliança é celebrada [capítulo - 10] e o serviço sacerdotal é restabelecido [capítulo - 12].

Aplicação para nossos dias

- A morte espiritual é uma realidade na vida daqueles que ao longo da jornada cristã perderam seu primeiro amor. Contudo, Cristo está pronto para nos socorrer [1Pe 2.9].
- Cristo quer restaurar a sua vida.
- Não perca mais tempo, volta para os braços do Senhor.

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