quinta-feira, 5 de julho de 2012

Pastor Salvador: Pastor Missões

Pr. Salvador - Ig. B. Betel.
No curto tempo em que estive em Mossoró, tive o prazer de conhecer o Pr. Salvador.  Homem simples, carismático daquele tipo que deixa qualquer pessoa à vontade. Quem me apresentou a tão ilustre servo de Deus foi o Pastor Eude Cabral.

Por volta das 15 horas, quando a caravana missionária de Natal se organizava para expor seus trabalhos, fui convidado pelo Pr. Eude a acompanhá-los em uma visita à novas frentes missionárias da cidade de Mossoró. Diante da proposta, nem pensei duas vezes e já estava fazendo um city tour missionário por alguns bairros da cidade.

Aqui dou um tempo no meu relato para falar um pouco dessa cidade. Mossoró tem lá seus 300 mil habitantes, com um centro totalmente pavimentado e um corredor cultural que dá orgulho a todo potiguar, que seja nativo desta terra ou não. Mas, voltando ao nosso city tour missionário.

Fui levado ao bairro de Santa Helena. Essa localidade é parte do antigo bairro de Santo Antônio, que tem lá seus 50 a 80 mil moradores. É um lugar humilde, violento e carente de uma ação mais eficaz do poder público. À semelhança das demais comunidades dessa cidade, carece da presença do evangelho como bálsamo para suas feridas sociais e espirituais.
C.B de Santa Helena.

 Nessa comunidade tão carente, fui apresentado à Congregação Batista de Santa Helena, filha mais nova da Igreja Batista de Betel, pastoreada pelo ir. Salvador. Durante nossa visita, fui testemunha de um fato nada convencional. Próximo à esquina da congregação havia um grupo de jovens, ouvindo música nas alturas e bebericando ao extremo. Com a aproximação dos nossos pastores, rapidamente silenciaram o som em respeito aos servos de Deus. Tal atitude daqueles jovens me fez refletir sobre a seriedade e honradez do trabalho de Deus.

A Congregação Batista de Santa Helena é a segunda da gestão do Pr. Salvador. A coordenação dos seus trabalhos é da responsabilidade do ir. Juvenal, homem integro e dinâmico que divulga a mensagem de Deus para toda sua gente. A congregação, em termos estruturais, é um prédio novinho com um diâmetro de 24 por 20 e cujo nome ainda não foi posto em sua fachada.

Na ocasião, o Pr. Salvador nos informou que, tanto a compra como a construção do prédio, só foram possíveis pela ajuda financeira e estratégica da nossa Convenção. Irmãos, estas coisas não são visíveis aos nossos olhos, quando apenas nos limitamos ao universo das nossas igrejas. Saibam os irmãos que essas ações são rotinas para aqueles que fazem a Convenção Batista Norte- Rio-Grandense.

Pr. Salvador, Pr. Eude e ir. Jerônimo.

Entramos no templo e nos dirigimos até um terreno associado à congregação. “É pensamento meu construir um prédio neste terreno para implantar uma escola Batista nesta comunidade”, disse o pastor Salvador. Olhei para o pastor Eude e pensei: Como será maravilhoso quando esta escola estiver funcionando. Certamente haverá emprego para professores e um enorme contingente de crianças será beneficiado com uma educação de qualidade e com propósito.

Conversando com o Pr. Salvador fiquei sabendo que a construção desta congregação foi fruto de uma luta entre membros do poder público local e comunidade. Inicialmente se tentou embargar a obra afirmando que era terreno de posse, mas a comunidade não permitiu a derrubada do prédio. O Pr. Salvador Lembrou que um morador na época falou: “nosso bairro não merece este prédio”. Contudo, diante da oposição popular e verificada a legalidade das escrituras do terreno, a construção foi finalizada. Pensei: certamente foram dias de muita oração e batalha espiritual.

Enquanto refletia sobre estas coisas, o Pr. Eude me chamou a atenção para um grave problema de saúde vivenciado pelo Pr. Salvador a poucos meses atrás. Uma infecção urinária paralisou seus rins, deixando-o um mês em hemodiálise. Descoberto o problema e feita a cirurgia de desobstrução das vias urinárias a saúde voltou ao irmão Salvador pela graça de Deus e muita oração dos irmãos.

Depois destas coisas saímos do bairro de Santa Helena para a Segunda Igreja Batista de Mossoró, onde nos encontraríamos com o irmão João Batista [Meca], dirigente da Congregação Batista Betel, a primeira da gestão do Pr. Salvador, visto que a segunda foi a de Santa Helena.
Ig. B. Betel - Ensaio do grupo de louvor.

No caminho para a igreja Betel, os pastores resolveram mostrar um pouco mais dessa bela cidade que, neste mês junino, praticamente dobra sua população. O corredor cultural, com destaque ao imponente Teatro Municipal foi a nossa parada obrigatória. Nessa ocasião, o pastor perguntou sobre o Dc. Severino Neves, ir. Gisonita (Dudu) e toda família Sotero. Quando cheguei a Natal, muitos dos nossos irmãos se lembraram do ir. Salvador em sua passagem pela IBA.  Concluída nossa visita fomos a Igreja Batista Betel.
Uma nota: nas duas igrejas que visitei, encontrei um grande número de irmãos em suas dependências, seja ensaiando músicas ou simplesmente ornando o templo para atividades outras. A impressão que tive é de uma casa de oração permanentemente aberta à comunidade. Senti um profundo amor e respeito por parte daquelas pessoas que se encontravam em seu interior. Creio que este mesmo sentimento é partilhado por seus pastores.

C.B. Betel. Dirig. Ir. João Batista [Meca]


 Da Ig. B. Betel visitamos a congregação do ir. João Batista [Meca]. O que vi me deixou muito feliz. Esse jovem dirigente de trabalho com a instrumentalidade do Espírito Santo mais que quadruplicou a assistência naquela casa de oração. O templo original é minúsculo, a meu ver só comporta 20 a 30 pessoas. 
O irmão Meca nos informou que a assistência aos cultos dominicais chega a 140 pessoas. Devido a este santo problema, os cultos são realizados fora do templo, no terreno da congregação. Eu vi toda uma estrutura preparada para os cultos ao ar livre. Literalmente o teto dessa congregação é o céu do meu Deus.

Da congregação Batista Betel no bairro do Planalto 13 de maio, partimos para mais uma investida missionária do Pr. Salvador. Desta feita na Alameda dos cajueiros.

Terreno da futara C.B. Alameda dos Cajueiros.

 Neste local encontrei um terreno de dimensões de 14 por 25, ainda sem qualquer construção aparente, mas pelos olhos da fé deste servo de Deus a futura Congregação Batista da Alameda dos Cajueiros. Segundo o Pr. Salvador, o terreno custou 40 mil reais e foi fruto de uma demorada negociação.

No retorno à Igreja Batista de Sumaré, pensava: Quantas igrejas maiores e mais antigas do que a igreja Betel não desfrutam da benção da multiplicação.
O comodismo, o ativismo desprovido de razão e coração tem matado a visão missionária da igreja. O ide de Jesus é facilmente trocado por programações sociais e quietude.  A ação missionária desbravadora com propósito e metas precisamente delimitadas já não faz parte da vida dessas igrejas.
A consequência dessa ação desmobilizadora é uma igreja limitada a quatro paredes, entregue a si mesma e desassociada do espírito convencional, portanto aleijada da sublime união de forças que, historicamente, tem caracterizado o povo Batista Brasileiro.

 
Pr. Salvador, Pr. Eude e o Ir.. João Batista [Meca]

 Apesar de toda essa tragédia que rondam nossas igrejas, tive um enorme prazer em conhecer uma casa de oração e seu pastor aliançados no propósito de fazer missões. 

 Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento”. 1Co 14:20

É necessário a igreja entender a vontade de Deus e viver por ela.

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