quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A política no seio da igreja

Vejam essa notícia.


A igreja “União Evangélica Pentecostal Venezuelana” (UEPV) afirma que as políticas socialistas adotadas pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, sejam “sinais visíveis do Reino de Deus inaugurada por Jesus Cristo, nosso redentor”.
Uma carta pastoral emitida após o III Congresso Pentecostal Bolivariano, que aconteceu no final de Agosto no município de Palavecino, assinada pelos bispos Gamaliel Lugo e Esearino Zonza, ressalta que a adoção do ideal bolivariano é parte dos princípios da UEPV, fundada em 1957.
Parte das iniciativas que a igreja elogia em sua carta são amplamente criticadas internacionalmente, como a desapropriação de empresas internacionais que investiam no País. Segundo os Bispos, a UEPV reconhece “os formidáveis avanços no campo da educação, da saúde, a ampliação dos espaços democráticos e de participação popular, o resgate dos nossos recursos naturais e financeiros e, em geral, uma mais justa distribuição da riqueza social da nação”.
Os avanços mencionados na carta, segundo a igreja, eram há muito tempo, desejados pela população venezuelana e pela UEPV. Os Bispos responsáveis pela divulgação da carta afirmam que ainda existem “realidades dolorosas que nos desafiam a continuar na luta por uma Venezuela verdadeiramente socialista”, mas enfatizam que as políticas de Chávez coincidem “com a nossa luta pentecostal bolivariana a favor do bem comum e a construção de uma comunidade humana solidária, à luz do Reino de Deus, que, como disse Jesus, ‘já está entre vocês’”.
Fonte: Gospel+
A associação com governos fortes, inimigos da liberdade parece ser uma cantoria comum no cenário religioso. É do conhecimento de todos o excelente trabalho  realizado pelos romanos na conquista e colonização da América nativa. Naquela época a justificativa era levar a salvação aos selvagens americanos e a coisa foi tão séria que podemos acrescer a esse propósito outro menos digno: livra a América dos verdadeiros americanos, visto que ao lado dos evangelistas marchavam os soldados. Coitado dos nativos! 
O que dizer da conquista da África, Ásia ou qualquer outra dominação. A justificativa religiosa é a primeira a se apresentar. Ela está sempre ao lado do poder. Parece que os "grandes guias espirituais" deste século e de todos os demais esqueceram o que falou o mestre: "o meu reino não é deste mundo" [João 18.36]. 
O que a turma deseja é se dar bem e para isso vale tudo [os meios justificam o fim]. Hoje existe uma mentalidade capitalista dentro das igrejas que supera em muito os verdadeiros valores cristãos. Bençãos é dinheiro no banco, saúde abundante etc. Isso também são bençãos de Deus, contudo não são as únicas. Deus é muito mais que dinheiro, Deus é muito mais do que pensamos. Ele é nosso Salvador e Senhor e isso basta. 

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