quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Retorno dos que nunca foram.




Eita coisa braba!

Nesse final de semana fiquei literalmente sem internet por causa de problemas no meu PC. Isso explicar a falta de atualização do Blog, bem como, bate com o título deste texto. 

Nesse meu retorno gostaria de compartilhar com os irmãos e amigos da distância uma experiência de sala de aula que vivenciei na semana que passou. Numa das atividades que apliquei na rede pública de ensino desafiei os meus alunos a criarem uma história fictícia nos moldes dos mitos da Grécia Antiga e veja no que deu.

Escreveu Rute (Pseudônimo da autora):

"Há muitos anos atrás em uma cidade que nem existe mais havia uma bela moça que havia tido um romance secreto com o rei de sua cidade. Desse romance nasceu um menino de nome Matheus. Quanto mais ele crescia (Matheus) mais raiva ele tinha de seu pai, pois quando ele soube (pai do Matheus) do seu nascimento ordenou que matasse sua mãe. Esse menino foi criado por camponeses. Certo dia teve inicio a uma guerra pelo domínio dessa cidade. Essa guerra tinha que acabar como qualquer outra e foi isso que aconteceu. Matheus foi escolhido para por fim nisso tudo (creio que por meio de um duelo) só que para isso ele teria que matar seu pai, só que isso não aconteceu e ele foi derrotado por seu pai e morto. Até hoje ele é considerado um herói."

Em sua estória temos uma tragédia grega nos moldes que costumamos assistir na TV. Em todas elas imperam o rancor, a falta de perdão e de Deus na vida das pessoas. 

Quantas histórias de relacionamentos quebrados, conflitos e morte chegam aos nossos ouvidos tendo como ponto de partida "um romance secreto". Quando a bíblia fala de relacionamento entre um homem e uma mulher não limita a um simples ajuntamento de corpos, fruto muita vezes de desejos carnais, mas o insere dentro de uma áurea de compromisso marcado pelo casamento e a constituição de uma família.

Diz a palavra:

"Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-à à sua mulher, e serão os dois uma só carne." Gn 2.24

Tudo começa com a família e termina na família. O noivo sai da casa dos pais, assim como sua noiva e ambos debaixo das bênçãos de Deus se unem para formar uma nova família. Aqui não há espaço para “romance secreto”.

A aventura gratuita no campo sentimental costuma cobrar caro daqueles que a praticam. A escala pode começar com uma gravidez indesejada, passando pelas doenças sexualmente transmissíveis, separações conjugais e em caso extremo assassinato. Um exemplo disso é o caso do goleiro Bruno que tem alimentado os jornais brasileiros.

O Matheus da ficção ganha corpo e alma nessa trama televisiva que envolve seqüestro, assassinato, intrigas e amizades difíceis. Tudo partindo do prisma de um romance secreto. Tolice!

Mar 4:22 - Porque nada está encoberto senão para ser manifesto; e nada foi escondido senão para vir à luz.

O rancor, a falta de perdão também aparece na estória de Rute de forma incrível. Confesso que quando comecei a ler o texto imaginava que haveria espaço para o perdão e quebrei a cara quando me deparei com um fim abrupto, seco e violento. 

Pensei em falar com Rute a fim de saber do porque desse final trágico. Mas, contive-me. Esse é o mundo em que vivemos, parece que não há espaço para inocência. A jovem que fez esse texto é uma pré-adolescente e concluiu assim porque é desta forma que a maioria das histórias com esse perfil termina em sua comunidade.

Na aula seguinte tive a oportunidade de falar sobre o perdão. Para isso aproveitei o trabalho da Rute, mas também uma situação de conflito vivida em sala de aula.
Mat 18:21 - Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Mat 18:22 Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete.
O perdão que faltou na estória da Rute sobra na orientação bíblica. Quanto li Mateus 18.21-22, compreendi que:

a.       Perdoar é uma ação constante.
b.      Perdoar é um ato divino, visto que só por meio de Deus é que verdadeiramente liberamos perdão.
c.       Perdoar é um ato de libertação, visto que literalmente me livro de todo rancor que domina meu coração e impede que se esqueça da causa da minha dor.
d.      Perdoar é saúde, já que descanso meu emocional e livro-me de câncer, depressão e outras dificuldades desta vida.
e.       Perdoar me leva ao céu, visto que se não perdoou não serei perdoado por Deus.

Mar 11:25 - E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas.

Foi sem dúvida uma semana muito positiva. Graças a Deus que nos faz ver nas pequenas coisas oportunidades para evangelizar e tornar sua palavra conhecida entre os homens.

Que o grande Deus possa continuar abençoando os amados de perto e da distância fazendo-os fecundo em seu trabalho.

Boa noite a todos.

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