segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A conversão do carcereiro

Atos 16. 16-40

A manifestação de Deus foi incrível naquela prisão na cidade de Filipos. Ela acontece e coroa de delícias a genuína adoração de Paulo e Silas.  Esses homens de Deus tiravam da dor a motivação para seu canto. Eles se alegravam diante da possibilidade de serem participantes dos sofrimentos de Cristo.
Suas cadeias fora motivada pela ira de satanás insatisfeito pelas primeiras conversões (Atos 16.14) e libertação de uma mulher que estava sob seu domínio (Atos 16.16-18). A história da prisão de Paulo e Silas em Filipos pode ser analisada em quatro etapas. Vejamos:

1.       Etapa – A motivação.

Homens gananciosos imperturbáveis quanto ao sofrimento alheio, transtornados pelo fim do lucro advindo da desordem espiritual de sua escrava (Atos 16.19) prendem Paulo e Silas por entenderem serem os responsáveis pelo fim do seu negócio.

Eles estavam tão presos a satanás quanto à moça que exploravam. Suas cadeias era o mercadejar e a fama que gozavam entre seus clientes. Fico pensando quantas autoridades e pessoas ilustres daquela cidade haviam procurado os seus serviços. Certamente muitas, assim como em nosso país nesses dias de eleição. Quantas pessoas estão vendendo a alma ao diabo por sucesso, vitórias eleitorais, morte de seus desafetos, mudança de destino e uma porção de outras mentiras de satanás.  Iguais aqueles empreendedores ávidos por lucro haviam uma multidão que manipulada por interesse outros contribuíram  para acossar os missionários conduzindo-os a presença das autoridades.

2.       A acusação

Nos versos 19-21, do livro de Atos capítulo 16, temos os motivos pelos quais os evangelistas estavam sendo acusados e presos.

a.       ESSES HOMENS, SENDO JUDEU... O preconceito contra estrangeiros é o primeiro elemento da peça acusatória.
Na Grécia antiga e por conseguinte em suas colônias os direitos políticos estavam vetados aos estrangeiros. Filipos na época de Paulo era uma província romana, mas guardava o mesmo princípio legal. Eram judeus, portanto estrangeiros e por isso não deveriam está interferindo na vida da cidade.
b.      ...PERTURBAM A NOSSA CIDADE – Eram agitadores, portanto deveriam ser tratado como tal. A agitação social dentro de uma província romana era uma prática abominável. Uma suspeita de levante contra o império era punido exemplarmente.

ü  Perda da cidadania romana por parte da elite local.
ü  Passavam a ser alvo de expedições punitivas do império.
ü  Os seus cidadãos poderiam ser escravizados por se rebelarem contra o império.

Esse argumento é usado contra Cristo (Mateus 26.61) quando os principais sacerdotes e todo Sinédrio procuravam elementos de acusação contra o Mestre. O objetivo aqui é colocar o acusado na condição de ameaça a segurança nacional.

 “Sendo judeu perturbam toda a cidade”. (Atos 16.20)

“Este disse: Posso destruir o santuário de Deus e reedificá-lo em três dias.” (Mateus 26.61)

Ora, o santuário era o principal símbolo nacional dos judeus, como esse agitador ousa ou até pensa em destruí-lo? O santuário era o único elemento que os romanos ainda não haviam lançado mão. Era, portanto, motivo de orgulho nacional e símbolo de resistência. Qualquer pessoa que tentasse algo contra o santuário era uma ameaça a nação judaica e deveria ser eliminada.

Essa acusação é pesada demais. Não é sem motivo que em Atos 16.22, o povo se levantou contra os evangelistas.

3.       A disciplina e o cárcere.

A pressão da multidão aliada a acusação dos donos da vidente levaram os pretores a se descuidarem dos transmites legais que envolve um processo e sem investigar a procedência das acusações mandaram disciplinar Paulo e Silas.

a.       Deram muitos açoites.
b.      Os lançaram no cárcere (v. 23).
c.       Ordenou ao carcereiro que os guardassem com toda segurança. Não foi sem motivo que foram presos no cárcere interior e lhes prendeu os pés no tronco (v.24).

Estão no fundo do poço. Certamente essa imagem alegrou o coração de satanás e de seus acusadores. Penso que satanás desejava quebrar o animo dos servos de Deus, deixá-los em baixo astral. Em duas palavras: estão destruídos.
Esses certamente vão voltar correndo para Antioquia com o “rabo entre as pernas” (humilhados e cheios de medo).

Não sei a que horas Paulo e Silas passaram sendo julgados e açoitados em praça pública. Mas a meia noite (v. 25) esses servos de Deus quebraram o silêncio da prisão e começaram a orar, cantar e louvar a Deus com todas as forças que restavam em seus corpos. Imagino que fisicamente estavam arrasados, mas não no espírito. A bíblia nos informa que os demais presos só escutavam.

Tremendo! Glória a Deus! Aleluia!

Como pode alguém se desvencilhar das injurias, da dor e da injustiça e se concentrar em Deus? Havia tantas coisas para pensar ou deixar de pensar. O fato é que Deus não fica insensível diante do sofrimento dos seus filhos. Diz o texto bíblico;

“De repente sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os cárceres da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos”. Atos 16.26

4.       O livramento divino e a conversão do carcereiro

O texto deixa claro. Onde impera o Espírito Santo de Deus a perfeita liberdade (2 Co 3.17). As cadeias eram físicas, mas podemos fazer uma aplicação espiritual. Elas se romperam, visto que não podia subsistir a presença de Deus.

Em Atos 16. 27-34, o carcereiro após despertar do sono e percebendo que todas as cadeias estavam abertas, cuidou logo de se matar. Era melhor morrer com seu próprio braço do que ser torturado até a morte pelas autoridades de Filipos. Na lei romana prevalecia à máxima: vida por vida.

Aqui temos alguns destaques.

a.       Paulo percebe o que está acontecendo e se antecipa ao carcereiro evitando o suicídio (v. 28).
b.      Ninguém havia fugido apesar das cadeias estarem abertas – Atos 16.26. Fico pensando o que impediu a fuga em massa dos prisioneiros? Recentemente essa possibilidade ocorreu no Chile diante de um grande tremor de terra. Todos fugiram. O natural do preso é fugir, mas em Atos 16.28, isso não ocorre. Por quê?  A resposta está no testemunho de Paulo e Silas e no mover de Deus.
c.       A ação do carcereiro. Esse homem simples e rude oscilou de uma tentativa de suicídio a uma completa mudança de vida (v.29-34).

Paulo prega a palavra e toda a família do carcereiro aceita Jesus como seu Senhor e Salvador (v.30-31) e num gesto de gratidão e amor cristão as feridas de Paulo e Silas são tratadas (v. 33) parte daquela noite todos se alegram em um banquete (simples) na casa do carcereiro (v. 34).

Deus havia transformado a situação de Paulo e Silas e do seu carcereiro. É assim que Deus atua. Quando o pecador aceita cristo como seu Senhor e Salvador. Acontece uma profunda mudança em sua vida. Ela começa pelo Novo Nascimento (Jô 3.3-7).

 A partir dos versos 35-40, Paulo exige seus direitos de cidadão romano. Como tal não podia ter passado por tamanho constrangimento (v.37). O medo tomou conta dos pretores, pois não haviam seguido os transmite legal da Lei o que lhes podia causar sérios problemas. Paulo, contudo não estava interessado em vingança, mas demonstrar para toda comunidade que ele e os cristãos daquela localidade não representavam uma ameaça política. Daí seu pedido para que os pretores viessem pessoalmente soltá-los e andarem com eles pela cidade. Feito isso, Paulo e Silas retorna ao convívio dos irmãos (v.40) e dão prosseguimento a sua jornada missionária.

Concluindo esse estudo gostaria de retornar a pergunta do carcereiro de Filipos:

“Senhores, que devo fazer para que seja salvo?” (Atos 16.30)

Resposta:

“Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.” (Atos 16.31)

Essa é a promessa de Cristo para todos aqueles que igual ao carcereiro de Filipo desejam ardentemente gozar de uma vida eterna na presença do Senhor. E você meu amigo da distância. O que decidirá? 

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