sábado, 4 de abril de 2009

Missionários

Quem são estes que caminham na imensidade do vazio em busca de almas para o mestre? Será que não temem os males noturnos ou as intrigas que assolam ao meio dia? Como podem desconsiderar os perigos ou fazer pouco caso da morte? O que movem esses homens e mulheres que não dão espaço ao medo, nem ouvidos as ameaças?
Um ateu certamente responderia: - É o radicalismo religioso que a todos cegam e conduz homens e mulheres a morte intelectual. Um jovem descrente apontaria o gosto pela aventura, à emoção a qualquer preço como motivação ultima desta loucura. Um religioso legalista diria que é puro cumprimento de um contrato entre o infeliz e seu Deus. Mas, o verdadeiro cristão afirmaria com todas as letras é amor que movem essas vidas a cumprirem o apelo missionário.
No passado como no presente o mesmo Deus nos questiona: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”. Essa é uma pergunta que se realimenta a cada geração e desafia os servos de Deus a tomarem uma atitude diante da urgência que a situação requer.
Não dar simplesmente para ignorá-la, visto que traz consigo toda emoção que extrapola o próprio coração de Deus. Além disso, apela grandemente a sensibilidade de homens e mulheres comprometidos com Deus para passar despercebida. A resposta para tamanho desafio não poderia ser outra: “Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.”
Não existe mais necessidade de procurar outra pessoa, estou aqui, envia-me a mim. Não há necessidade de gastar mais tempo, envia-me a mim. Estou tremendamente motivado, Teu desafio é a essência da minha vida, visto que, parece-me impossível tomar qualquer outra decisão, pensar em qualquer outra possibilidade, pois em tudo o Senhor me encanta, deslumbra, apaixona, em nome de Jesus, envia-me a mim.
Em todo o mundo almas clamam por libertação, salvação e cura e ninguém melhor do que o próprio Deus para compreender essa realidade. Ele mesmo é o exemplo de desprendimento missionário. Assim diz as escrituras:
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” (Flp 2.5-11)
Um poeta popular já nos disse: Amor com amor se paga, e mais, para se viver um grande amor, basta ter um coração, ser sensível a sua voz e se entregar sem pré-condições. Jesus veio em busca do homem, não poupou esforços, não valorizou nenhuma outra coisa, mas, se concentrou em sua missão de reconstruir a aliança perdida entre Deus e homem. Para isso, entregou a sua vida, para isso foi sua vida e nós servos do Deus altíssimo o que nos resta fazer?
Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.

Jerônimo Viana de M. Alves
Igreja Batista do Alecrim
Natal, 04/04/2009

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