domingo, 22 de março de 2009

Medo

O medo não tem definição, só sentimos, em muitos casos, se não em todos se torna monstruoso e uma arma letal contra nós mesmos.
A história nos conta que civilizações inteiras foram vencidas por suas artimanhas. Povos imaginaram-se lutando contra deuses e perderam suas forças, foram derrotados bem antes de começarem a lutar.
É certo que existem medos justificáveis e esses nos auxilia a preservar a vida. Contudo, falo aqui de um tipo de medo doentio, que para nada presta a não ser paralisar o seu detentor e deixá-lo a mercê da tragédia.
Engessarmento, paralisia, suor frio são alguns dos seus sintomas e quase todos nos conduz a estagnação e a falta de perspectiva.
Todo esse terror certamente não invade de vez os nossos corações, mas é aprendido, inserido na base de contra gotas, na medida direta em que deixamos abertos os caminhos da nossa alma e não alimentamos o nosso espírito com dose extra de fé.
Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia,. (Salmo 91.5). Nessa confiança deve repousar o coração do servo de Deus.
As noites são terrenos férteis para o medo, e isso é assim desde os tempos das cavernas. A presença do tigre dente de sabre, a condição de indefesos dos nossos ancestrais, parecia tramar contra as mentes e corações dos homens do passado. Talvez por isso os exércitos de todos os tempos se utilizaram e utilizem tão eficientemente da arma do pânico para dominar seus opositores com mais facilidade e segurança.
Ter medo do terror de noite é de certa forma se render a ele, desconfiar de Deus ou diminuir em muito seu poder e eficácia em cuidar do seu povo. Esse terror noturno pode até ser real e não apenas fruto de uma imaginação fértil ou medrosa. Mas, o que a bíblia nos pede aqui é que possamos dar um crédito de confiança a Deus em sua eterna tarefa de cuidar dos seus e não querer fazer o seu trabalho, pois sem dúvida não conseguiríamos.
Se a noite desperta alguns dos nossos mais íntimos pavores, as setas que voam de dia também. Há um crescente nessa trama contra a nossa alma. Já não basta a noite e o pânico pode também tomar conta do nosso dia e de repente nos sentimos sem paz, acossados, sem ou com motivo, dependendo da situação, já não vivemos, mas vegetamos.
A determinação de Deus continua a mesma:
Teu é o dia e tua é a noite; preparaste a luz e o sol. Sal 74:16 -

Contudo o Senhor mandará a sua misericórdia de dia, e de noite a sua canção estará comigo, uma oração ao Deus da minha vida. Sal 42:8
Deus não se cansa de ministrar bênçãos para o seu povo, de cuidar dos que são chamados de filhos. Não adianta alimentar o medo, é preciso descansar em Deus, se deixar curar deste mal, pois onde reina o amor de Deus não existe espaço para o medo.
Medo sem razão é desconfiança na capacidade de Deus em cuidar do seu povo.
Jerônimo Viana
22/03/09 – 03:36 am

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